Prefeitura realiza exposição Permanências e Ressonâncias na Galeria de Arte Álvaro Santos
A Prefeitura de Aracaju, por meio da Fundação Cultural Cidade de Aracaju (Funcaju), realizou nesta quinta-feira (23/05) a abertura da exposição Permanências e Ressonâncias: panorama da gravura em Sergipe. Idealizada pelo Fórum Permanente de Artes Visuais de Sergipe (FAVS), a exposição propõe o mapeamento dos artistas gravuristas do estado e das suas diversas técnicas de gravura.
Segundo o presidente da Funcaju, Luciano Correia, a mostra faz parte de uma série de ações de valorização da cultura sergipana realizadas na galeria. “A Funcaju está com uma riquíssima agenda de exposições na Galeria de Arte Álvaro Santos. Agora os presentes poderão contemplar gravuras feitas por ilustres artistas visuais de diversos locais de Sergipe”, assinala o presidente.
Organizado pelo FAVS, a exposição busca ressaltar a importância da transmissão do conhecimento através do ato de gravar, originado do entalhe, da incisão e corte em materiais como madeira, metal, pedra, seda e borracha.
“A exposição partiu de um debate de membros do FAVS sobre gravura, e a necessidade de dar visibilidade a essa técnica artística tão importante no estado de Sergipe, que atravessa diversas gerações. Então decidimos expor artistas que iniciaram suas atividades em momentos distintos, unindo de certa forma também alunos e professores, cada qual com seus traços e identidades, seria interessante para falar sobre a produção de gravuras no estado”, esclarece a gravurista e coordenadora de comunicação do FAVS, Sabrina Silva.
A exposição conta com cerca de 27 artistas e aproximadamente 50 obras que se unem em técnicas diferenciadas de gravura. Fazem parte da mostra nomes consagrados da arte de Sergipe como: Leonardo Alencar (In memorian) com seus animais e paisagens; Marly (In memorian) e seus místicos guarda-chuvas; José Fernandes (In memorian) e Hugo Portela (In memorian).
Segundo, Marjorie Garrido, umas das produtoras executivas da mostra, unir gerações de gravuristas através da exposição tem importância central na concepção do projeto. “O tema Permanências e Ressonâncias vem da permanência da influência de mestres que exerceram a arte da gravura, porque é a partir deles que as novas gerações se sentem provocadas, e a ressonância são esses novos artistas gravuristas que estão aqui fazendo e expondo gravuras. Então essa influência se dá a partir de mestres como Leonardo Alencar, de pessoas que produziram gravuras, como Hugo Portela e principalmente a Marly, porque resolvemos eleger essa mulher para representar a gravura produzida aqui no estado”, esclarece Marjorie.
Para a filha de Marly, Maria Antônia Freitas, a homenagem prestada na exposição representa a valorização da memória e do trabalho da sua mãe. “Minha mãe se realizou como mulher, como indivíduo e ser humano, através da arte. É muito forte estar vendo uma exposição com obras dela, é como se estivesse mantendo a minha mãe viva. Ela batalhou muito pela arte dela, então nós familiares ficamos gratificados por essa oportunidade dela estar sendo vista e eternizada através da arte”, relata Maria.
Entre os artistas gravuristas do cenário atual estão Andreson Dias, Antônio da Cruz, Cirulo, Claúdia Nên, Elaine Bomfim, Elias Santos, Fernando Marinho, Gabi Etinger, Gandhi, Gladston Barroso, Jacira Moura, Joaquim Sobral, Jorge Luiz Barros, Juciele Oliveira, Kalvero, Luan Dias, Marjorie Garrido, Milton Coelho, Nivaldo Oliveira, Rafael Carvalho, Sabrina Silva, Vilma Rebouças e Wendell Campos.
“Os meus trabalhos expostos nesta mostra fazem parte da minha nova série que ainda não está finalizada. Essa é uma série mais urbana, já que eu sou ciclista e percorro a cidade de bicicleta, então eu vejo muitas coisas na velocidade da bicicleta, que é muito diferente de outros meios de transporte. Então eu trouxe para a gravura as cenas do meu dia-a-dia, as memórias que ficam fortes. Então essas são obras mais urbanas, diferente de outros trabalhos que fiz com temas voltados para os locais interioranos, que é de onde eu vim”, conta a gravurista Sabrina Silva.
Para a coordenadora da Galeria de Arte Álvaro Santos, Bianca Leite, a mostra Permanências e Ressonâncias é de suma importância para a valorização dos gravuristas do estado. “Ficamos gratos em receber mais uma exposição importante na Galeria e enaltecer a cultura através desse panorama da gravura em Sergipe”, afirma Bianca.
A exposição Permanências e Ressonâncias permanece disponível para visitação até o dia 28 de junho, de segunda à sexta-feira sempre das 9h às 17h, na Galeria de Arte Álvaro Santos, localizada na Praça Olímpio Campo, rua Itabaiana, Centro.
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