Escola do Legislativo João de Seixas Dória promove Seminário sobre o Cangaço
A Escola do Legislativo João de Seixas Dória realizou na manhã da última terça, 23, no auditório da Elese, o Seminário: ‘O Cangaço como Fenômeno Social: Uma cartografia nordestina que impactou o Brasil’, um evento que discutiu diversos aspectos das consequências do cangaço no país. O professor Fernando Sá de Araújo e a professora Maria Beatriz Rodrigues Souza, da Universidade Federal de Sergipe, falaram sobre o universo feminino do Cangaço no cinema. Foi exibido o documentário: A Musa do Cangaço, de José Humberto, de 1982. Em cenas documentais, que contaram também com material de arquivo, Dadá, cujo nome era Sérgia Ribeiro da Silva, foi a única mulher a usar fuzil no bando de Lampião, já bem idosa, relata os fatos de sua vida nos acampamentos de lampião, dos medos às alegrias. O documentário se propõe revelar o papel da mulher e sua participação efetiva nesse fenômeno de luta armada no Nordeste brasileiro.
Para o professor Fernando: “o cangaço é parte da cultura popular do Nordeste desde quando era um fenômeno social em vigência. Nós temos filmes sobre o cangaço desde a década de 20, 30. O cangaço nunca deixou de ser presente, mas Sergipe não dá a dimensão histórica que o cangaço merece. O estado de Alagoas, a partir do cangaço, aproveita muito mais o turismo do que Sergipe. A professora Beatriz Rodrigues falou sobre mudanças que ocorreram nos bandos dos cangaceiros com a entrada de mulheres.
Para o segundo tema: A figura de Lampião emoldurada no tempo e no espaço geográfico em que viveu, foi convidado o professor José Bezerra Lima Irmão. Ele é advogado tributarista, nasceu no povoado Alagadiço, município de Frei Paulo, e viveu sua infância em Nossa Senhora da Glória. Recentemente, tem-se dedicado ao estudo da cultura nordestina, em especial os aspectos geográficos e históricos. É estudioso dos assuntos do Cangaço, Antônio Conselheiro e Padre Cícero e membro da Academia Brasileira de Letras e Artes do Cangaço. Ele falou sobre o cangaço como oportunidade para centenas de jovens sem perspectiva de renda e emprego na época. “Tenho sempre a preocupação em não qualificar Lampião como bandido nem herói. Ele foi um cangaceiro com todas as nuances que esse lugar requer, alertou o professor.
Fotos: Joel Luiz/Agência de Notícias Alese
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