Forró Caju 2024: Guarda Municipal treina cães para auxiliar no patrulhamento durante os festejos
Desde 2020, a Guarda Municipal de Aracaju (GMA), vinculada à Secretaria Municipal da Defesa Social e da Cidadania (Semdec), vem atuando com o auxílio do Grupamento de Operações com Cães (GOC) em apoio às ações de combate ao tráfico de drogas nos espaços públicos do município, a exemplo de terminais do transporte coletivo, praças, mercados e adjacências escolares. A atuação é, principalmente, preventiva e vem ocorrendo com regularidade durante o patrulhamento. Esse grupamento especial também atua durante a realização do maior festejo junino da capital sergipana, o Forró Caju 2024.
Os cães são treinados de duas a três vezes na semana, onde vivenciam situações semelhantes às que vão encontrar nas ruas da cidade. Para isso, a administração municipal conta com um canil, situado no bairro 17 de Março, e conta com três cachorros, sendo dois da raça pastor-alemão, os quais chegaram ao canil por doação, e um rottweiler, que chegou por adoção, após constatação de maus-tratos do seu antigo dono. Contudo, a atuação dos animais só pôde ser liberada depois de um ano de treinamentos específicos.
Dos três cães, os dois da raça pastor-alemão são farejadores, enquanto o rottweiler participa de ações educativas em eventos, treinado exclusivamente para a interação com o público, no chamado “Dog Show”. O supervisor e coordenador do Grupamento de Operações com Cães (GOC), Ayslan Albert Alves, explica que a atuação dos cães é sincronizada e sempre de acordo com observações e denúncias ou eventos, como é o caso do Forró Caju 2024.
“Nós recebemos denúncia de tráfico de drogas numa praça, por exemplo, e aí nós fazemos uma operação com o cão para identificar um possível flagrante. Temos muitas demandas, inclusive, em redondezas de escolas, nos terminais de integração do transporte público. É bom frisar que a nossa atuação é, sobretudo, preventiva”, ressalta o coordenador.
A presença do cão, na avaliação de Ayslan, inibe qualquer reação. “Ele tem muita facilidade em encontrar drogas mesmo em locais distantes. Com o tempo, com essas ações continuadas, a gente acaba afastando o tráfico dessas localidades”, explica o diretor.
O coordenador também contou como é feito o treinamento. “Fazemos busca em ambientes, busca pessoal e busca veicular. Pegamos dois guardiões e realizamos uma simulação com situações que acontecem no nosso dia a dia. Isso permite que o cão se prepare para todas as situações que acontecem e possa nos indicar algo ilícito, seja em mochilas, carros ou mesmo no espaço. Esse auxílio garante a eficácia do nosso serviço, além de permitir que o façamos ainda mais rápido”, diz Ayslan.
Ao encontrar algum material, os cães fazem um sinal passivo, deitando ou sentando em cima ou bem perto do produto. Para que eles possam realizar esses comandos, o supervisor trabalha o emocional de cada cão. “A motivação e o emocional andam juntos. Sem isso, nem os seres humanos vão para lugar nenhum. Estabelecemos a doutrina da construção do emocional, para que eles sintam prazer em perseguir a caça, a premiação maior, que é a bolinha ou qualquer coisa que seja interessante para o cachorro. É interessante dizer que o canal preponderante de aprendizagem do cão é ele quem vai estipular. E é em cima disso que trabalhamos, a partir das emoções dele”, completa o coordenador.
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