Governo do Estado já distribuiu mais de 1.600 toneladas de alimentos para garantir segurança alimentar de sergipanos

Governo do Estado já distribuiu mais de 1.600 toneladas de alimentos para garantir segurança alimentar de sergipanos

Por meio do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), aproximadamente 84 mil pessoas receberam produtos da agricultura familiar por intermédio de entidades cadastradas com o auxílio da Secretaria de Estado da Assistência Social, Inclusão e Cidadania

O Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), executado em Sergipe pelo Governo do Estado por meio Secretaria de Estado da Assistência Social, Inclusão e Cidadania (Seasic), já entregou mais de 1.600 toneladas de alimentos no estado nesta edição. A iniciativa contribui para reduzir a insegurança alimentar e nutricional dos sergipanos, além de fortalecer a agricultura familiar e estimular a geração de emprego, renda e o desenvolvimento da economia local, por meio da compra e distribuição dos itens cultivados pelos produtores do estado. Ao todo, 157 entidades assistenciais e mais de 21 mil famílias, o que corresponde a aproximadamente 84 mil pessoas, receberam os alimentos do PAA.

Até o momento, 507 agricultores forneceram produtos como coco verde e seco, macaxeira, batata-doce, melancia, laranja, maracujá, mamão, abóbora, tomate, pepino, pimentão, vegetais folhosos e outros produtos da agricultura do estado, que garantem às famílias beneficiadas diversidade à mesa. Alguns produtos minimamente processados, como farinha, bolos e macaxeira à vácuo, também são ofertados.

Para a secretária de Estado da Assistência Social, Inclusão e Cidadania, Érica Mitidieri, o investimento na segurança alimentar é prioridade para o Estado. “A segurança alimentar e nutricional em Sergipe é prioridade aqui na Seasic. O PAA é um projeto que foca na distribuição de alimentos para famílias e agricultores familiares, fortalecendo a alimentação saudável. Já distribuímos mais de 1.000 toneladas de alimentos dentro do PAA. Também temos o Prato do Povo, que em 21 municípios já distribuiu mais de 637 mil refeições. O Programa Mão Amiga investiu R$ 6,5 milhões, apoiando trabalhadores rurais. E também temos o restaurante Padre Pedro, que já entregou 446 mil refeições a R$ 1,00, ajudando a reduzir a insegurança alimentar”, destaca.

Segundo a técnica do PAA da Seasic, Aline Ferreira, do total de R$ 5.851.777,00 de recursos disponibilizados pelo Governo Federal, R$ 5.614.835,25 já foram investidos. “Estamos chegando ao final da execução deste edital, que está em curso desde novembro do ano passado. O PAA é parte da política nacional de segurança alimentar, dentro do Sistema Nacional de Segurança Alimentar, e tem a função de combater a insegurança alimentar e garantir uma alimentação diversificada, que vai trazer mais qualidade e nutrição para as famílias em situação de vulnerabilidade social e insegurança alimentar, que muitas vezes não têm as condições de comprar esses itens para complementar alimentação”.

Comida na mesa

Na última semana, mais de 500 famílias das ocupações Fazenda Merém e Aratu, em Nossa Senhora do Socorro, foram beneficiadas, por meio da Associação Comunitária Nossa Senhora de Fátima do Estado de Sergipe (ACNSFES), com 10.340 quilos de alimentos, no valor de R$ 24.849,19.

A aposentada Laurinete Santana, 75, mora na localidade com o esposo, uma filha e a neta, de 4 anos, e explica que os alimentos recebidos fazem diferença na alimentação da família. “Minha filha está em tratamento de saúde e minha neta tem autismo, então o que ganhamos vai quase tudo para elas. Essa feira aqui foi uma benção, porque a gente já não precisa comprar e são alimentos bons”, disse.

Para Núbia da Silva, 31, os alimentos distribuídos pela Seasic garantem mais saúde para aqueles que mais precisam. “Na minha casa são cinco pessoas comigo e ajuda bastante, principalmente para as crianças, porque às vezes a gente não tem o suficiente para comprar verduras e frutas. Com quatro filhos, desempregada, dependendo do Bolsa Família e de uma faxina quando consigo, é difícil. E aqui já é uma macaxeira que vem, uma fruta para as crianças, ajuda muito, bastante mesmo, a ter variedade. É um alimento muito bom, saudável. Quando não tem essa ajuda a refeição é muito mais simples, sem verduras, sem muitos nutrientes, só o arroz, feijão e carne ou ovo, quando tem”, contou a jovem, que é mãe solo.

Também mãe solo, a artesã Deise Pereira está sem trabalhar, devido a problemas de saúde, e sustenta a família com o que recebe do Bolsa Família e por meio do que consegue plantar e colher em seu terreno. “Já é a terceira vez que a gente recebe, é muito bem-vindo, porque a gente mora aqui no assentamento, mas está uma luta para plantar por falta de água e o clima quente deste ano. E isso tem ajudado muitas famílias na alimentação, porque muitas pessoas aqui do assentamento são de baixa renda, não têm como comprar frutas e verduras para os filhos e quando chega é uma alegria para todo mundo. Muita gente vive do Bolsa Família aqui, que é para comer, pagar uma conta, mas a comida mesmo é mais escassa”, destacou ela, que é mãe de dois.

A presidente da Associação Comunitária Nossa Senhora de Fátima, Gilvania Marques, ressalta que os alimentos auxiliam no combate à fome na comunidade e garantem uma alimentação de valor nutricional às pessoas beneficiadas. “São alimentos diários básicos, da agricultura familiar, saudáveis, que auxiliam muito, porque muitas vezes eles não têm recursos para comprar na feira e essa é uma grande ajuda”, pontua.

Segurança alimentar 

Os itens distribuídos são selecionados com base nos alimentos comuns de cada região. Ao lançar o edital, a Seasic faz o levantamento de quais produtos podem ser adquiridos para proporcionar diversidade na dieta da população beneficiada.

Aline Ferreira lembra que na última semana foi comemorado o Dia Mundial da Alimentação, em 16 de outubro, e o PAA é uma das ações do Governo do Estado que garantem a nutrição da população vulnerável. “No Dia Mundial da Alimentação, a gente reflete a desigualdade social e o quanto ela impacta nessa questão alimentar, é um dia também da gente reafirmar o compromisso com o direito à alimentação e à segurança alimentar. E aí o PAA é uma peça fundamental na garantia dessa alimentação saudável, promovendo o acesso a uma alimentação diversificada e de qualidade para essas pessoas que mais precisam. A proteína ela constitui o nosso corpo, o carboidrato traz a energia, mas o que nutre nosso corpo, a nossa mente, o que mantém a nossa saúde íntegra mesmo são esses minerais e vitaminas que encontramos nos alimentos doados e distribuídos para essas pessoas por meio do PAA”, acrescentou.

Também para a garantia da segurança alimentar dos sergipanos, a Seasic é idealizadora do Programa Prato do Povo, que tem como público-alvo a população em situação de vulnerabilidade alimentar. O programa realiza a distribuição de refeições prontas e já contabiliza um total de 612.852 pratos entregues em um período de oito meses, atendendo as necessidades alimentares de famílias em situação de insegurança alimentar. Entre as ações focadas na segurança alimentar em Sergipe, destacam-se ainda o Programa Mão Amiga e o Restaurante Padre Pedro.

Sobre o PAA

O Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) é um programa do Governo Federal de compra da produção agrícola, criado para incentivar a agricultura familiar e combater a extrema pobreza, garantindo o acesso à alimentação adequada e saudável. O objetivo do PAA é ajudar as famílias em situação de insegurança alimentar e nutricional a terem acesso à alimentação de qualidade, ao mesmo tempo que fortalece a produção familiar.

Com execução da Seasic, o programa funciona na modalidade Compra com Doação Simultânea. Nesse formato, após a compra com a agricultura familiar, os alimentos são doados a entidades socioassistenciais e da rede de segurança alimentar e nutricional, como Centro de Referência da Assistência Social (Cras), Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas), unidades de acolhimento, entidades não governamentais, restaurantes populares, cozinhas comunitárias e bancos de alimentos.

Em 2023, a Seasic reestruturou o PAA no estado, sendo uma política pública nacional fundamental para o fomento da agricultura familiar por meio da inclusão social e econômica dos agricultores familiares, bem como para assegurar o acesso à alimentação adequada pelas populações em maior vulnerabilidade socioeconômica.