Programa Acolher oferece apoio socioemocional e educacional para a comunidade escolar

Programa Acolher oferece apoio socioemocional e educacional para a comunidade escolar

Iniciativa promove orientação psicossocial aos professores, estudantes, gestores e demais servidores das 319 escolas da rede estadual de ensino

O programa Acolher é uma iniciativa pioneira do Governo de Sergipe, por meio da Secretaria de Estado da Educação e da Cultura (Seduc), que visa promover a assistência coletiva nas escolas da rede estadual e nas diretorias regionais de educação. Atualmente, conta com a presença de 60 psicólogos e 35 assistentes sociais, correspondendo ao total de 95 profissionais distribuídos nas dez diretorias regionais de educação.

Todas as regionais de educação têm equipes multiprofissionais que orientam as unidades escolares. Essas equipes, formadas por psicólogos e assistentes sociais, realizam a orientação psicossocial aos estudantes, professores, gestores e demais servidores, fornecendo apoio emocional, social e educacional para toda a comunidade escolar.

Prestes a completar um ano de lançado, o Acolher realizou 1.573 atividades, tanto de forma individualizada quanto em encontros com famílias e professores. O programa oferta a escuta dos estudantes, professores e servidores e possibilita a construção de narrativas positivas, gerando bem-estar no ambiente escolar. Em 2024, foram investidos R$ 1.539.293,94, distribuídos entre o ensino fundamental e médio e destinados ao desenvolvimento do programa.

O secretário de Estado da Educação e da Cultura, Zezinho Sobral, destaca que o programa Acolher faz diferença na vida da comunidade escolar. “É o maior e mais completo programa presencial de psicólogos e assistentes sociais nas escolas sergipanas. É uma ação de presença marcante, determinante e inclusiva.  Cuidar da saúde mental dos nossos estudantes e equipes é fortalecer a educação. É um compromisso firmado e cumprido pelo Governo de Sergipe por saber que a escola precisa ser um ambiente seguro e acolhedor para nossas crianças e adolescentes crescerem e se desenvolverem. O Acolher tem um grande time dedicado em todas as diretorias regionais, e os resultados dessa importante política pública mostram que estamos no caminho certo”, enfatizou.

O coordenador do Acolher, professor Pedro de Santana, destacou que o programa representa a possibilidade de compreender o estudante em sua integralidade. “Com o Acolher, todos podem expressar suas emoções, dialogar sobre seus medos e se sentir acolhidos em suas angústias. Por meio dele, a pauta dos Direitos Humanos enriquece o currículo escolar e insere a educação socioemocional como uma importante vertente que está presente na Base Nacional Comum Curricular (BNCC)”, ressaltou.

Impactos positivos 

O programa Acolher demonstra resultados significativos na vida dos alunos, professores e servidores. Os profissionais da psicologia e serviço social têm oferecido suporte emocional, orientação e assistência para lidar com as diversas situações presentes no ambiente escolar.

O diretor do Serviço de Planejamento e Ensino (Seplen) da Diretoria Regional de Educação 1, Antônio Neto, ressaltou que o programa foi um divisor de águas na comunidade escolar. “A chegada dos psicólogos e assistentes sociais era uma grande necessidade e foi aguardada com muita ansiedade e entusiasmo, pois tínhamos esperança do quanto eles iriam contribuir com todo o processo, inclusive para um ambiente mais saudável e acolhedor, mais favorável para o desenvolvimento do ensino-aprendizagem. O Acolher reforça e fortalece a rede de apoio tão essencial em tempos atuais no contexto das nossas escolas e nosso público”, afirmou.

O estudante monitor do Centro de Excelência Senador Walter Franco, Diogo Teixeira, destacou que o Acolher foi importante na sua vida. “O projeto Acolher possibilitou com que eu acreditasse que eu tinha um futuro brilhante e serviu como um apoio para que eu não tivesse um retrocesso na minha saúde mental”, salientou.

Metodologia 

As demandas atendidas pelo Acolher são informadas pela gestão escolar por meio do Sistema de Registro de Ocorrência Escolar (ROE). Assim que há o registro do episódio, os profissionais recebem a demanda e iniciam o trabalho de acolhimento. Além de cuidar dos episódios de violência ou violação de direitos, são realizadas ações de promoção de enfrentamento ao bullying e ciberbullyng, preconceito étnico-racial, situações de homofobia, transfobia, misoginia e temáticas relacionadas ao Plano Nacional de Educação para os Direitos Humanos.

O programa tem uma parceria com a Universidade Federal de Sergipe (UFS), por meio dos departamentos de psicologia e serviço social, objetivando a formação continuada dos psicólogos e assistentes sociais. Nessa parceria, será realizada a implantação do Observatório das Violências e Conflitos Sociais, na perspectiva de realizar diagnóstico junto aos estudantes sobre as violências praticadas ou percebidas, de modo que sejam pensadas ações articuladas com a Rede de Proteção para garantir os direitos e deveres dos estudantes.