Artista plástico, José Lima, recebe Título de Cidadania Sergipana – in memoriam
Foi entregue, nesta segunda-feira (19), o Título de Cidadania Sergipana, in memoriam, ao artista plástico, José Lima dos Santos, representado pelo sobrinho, Pedro Brito. A autoria da propositura é do deputado Paulo Júnior (PV).
Nascido no distrito de Altamira, na cidade de Conde, na Bahia, José Lima morou em Estância parte de sua vida e se dizia natural de Sergipe. Ele faleceu no Rio de Janeiro, em 27 de fevereiro de 1987, aos 64 anos, sendo sepultado em Estância.
Pedro Brito é o responsável pelo acervo documental e site oficial do artista plástico, considerado um dos maiores expoentes da pintura sacra no Brasil, em especial, no gênero de interiores de igreja. O sobrinho contou que ele amava Sergipe como seu lar.
“José Lima, na verdade, sempre foi sergipano, como ele mesmo dizia, era ‘sergipano por amor’, só faltava essa certificação. Então, para a família, essa homenagem, ainda que in memoriam, é algo extraordinário, essa propositura foi de uma relevância muito importante, porque o amor por Sergipe manifesto em obras começa ainda com o avó dele, que era estanciano”, falou.
Além da pintura na Catedral de Nossa Senhora de Guadalupe, em Estância, o artista pintou quadros singulares e seis templos em diversos estados, sendo marcos de grandiosidade a Catedral de Nossa Senhora da Guia, em Patos, na Paraíba, e a Igreja de São Januário e Santo Agostinho no Rio de Janeiro.
O autor da propositura ainda lembrou que a maior parte de seu acervo está guardada pelos familiares em Sergipe. As obras levam a cultura do estado estampadas, apresentando para todo o Brasil.
“Como ele costumava dizer, baiano de berço, carioca de profissão e sergipano por amor. Mais conhecido como pintor das igrejas, ele teve em São Cristóvão o grande acervo de suas obras de arte que levou pelo Brasil afora”, disse.
O membro da Academia Sergipana de Letras, Paulo Amado, falou que o artista fez parte de sua vida também pessoal, já que teve familiares vizinhos à casa dele. Depois, passou a admirar o trabalho desempenhado.
“Ele amava Sergipe, apesar de não ter nascido em terra sergipana, viveu e sentiu o estado de Sergipe, era mais sergipano que baiano, como ele mesmo dizia”, acrescentou.
A solenidade de entrega de Título de Cidadania Sergipana foi realizada no Gabinete da Presidência, na Assembleia Legislativa de Sergipe.
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