Governo do Estado investiu em ações de desenvolvimento rural e inclusão produtiva em 2024
Governo de Sergipe iniciou, em 2024, projetos estruturantes como a adutora do leite e o Projeto Sertão Vivo
O Governo de Sergipe, por meio da Secretaria de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e da Pesca (Seagri), encerra 2024 com um balanço positivo das ações voltadas ao desenvolvimento rural e à inclusão produtiva. Durante o ano, foram realizadas iniciativas estratégicas que impulsionaram a produção rural sergipana, com ações como transferência de tecnologias, certificação de agroindústrias, acesso à terra, segurança hídrica, entrega de insumos e transferência de renda para agricultores afetados por perdas de safra, fortalecendo a agricultura familiar e a qualidade de vida no campo.
De acordo com o secretário de Estado da Agricultura, Zeca Ramos da Silva, além da ampliação das ações de fomento que fortalecem as atividades produtivas, como, por exemplo, abastecimento de água para a produção, inseminação artificial, distribuição de sementes e regularização fundiária, o Governo de Sergipe iniciou, em 2024, projetos estruturantes que criam condições de uma área rural sergipana cada vez mais desenvolvida e inclusiva.
“Os projetos estruturantes como a Adutora do Leite com investimentos previstos em R$ 250 milhões, em fase de elaboração de projeto, e Sertão Vivo com investimentos de 150 milhões, já com início da aplicação no primeiro semestre de 2025, são iniciativas que criam um círculo virtuoso para o futuro do desenvolvimento rural sergipano. Nos últimos dois anos estamos vivenciando um cenário favorável para a agropecuária em nosso estado. A instalação de empresas de insumos e máquinas; a presença de agentes financeiros oferecendo mais crédito; e a intensificação da motomecanização e demais tecnologias de automação agrícola, são exemplos disso”, avaliou o secretário.
Ainda de acordo com o secretário Zeca da Silva, todos os incentivos viabilizados pela gestão do governador Fábio Mitidieri, por meio do que ele chama de ‘sistema Seagri’, têm contribuído para favorecer a produção agropecuária estadual. São políticas públicas que envolvem a estrutura de fomento ao produtor rural, de assistência técnica e extensão rural da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro), da Companhia de Desenvolvimento Regional de Sergipe (Coderse) e da Empresa de Desenvolvimento Sustentável do Estado de Sergipe (Pronese).
Incentivos para a agricultura
A Pesquisa Agrícola Municipal (PAM), publicada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no ano passado, contabilizou 20 tipos de cultura no estado de Sergipe, divididas entre lavouras temporárias e permanentes, colocando o milho, a laranja e a cana de açúcar como as principais, sendo que o milho já representa 50% do valor de produção. Por serem culturas com grande participação da agricultura familiar, o plantio de milho e da laranja receberam, em 2024, importantes incentivos do Estado.
Segundo dados da Seagri, este ano o governo mais que dobrou os investimentos para a compra e a distribuição de sementes de milho e arroz, a fim de promover o fortalecimento da agricultura familiar. Foram investidos R$ 5,2 milhões para a compra de 381 toneladas de sementes, sendo 175 toneladas de arroz e 206 toneladas de milho, beneficiando cerca de 22 mil famílias. Foram entregues ainda 362,6 mil raquetes de palma, para 259 produtores, em 12 municípios sergipanos.
Já por meio do Programa Citricultura Sustentável, além de vários dias de campo com capacitação e implantação de dez unidades demonstrativas, foram entregues 210 mil borbulhas aos pequenos produtores de mudas cítricas, e implantada uma área de 10.000 metros quadrados com 550 mudas, de quatro variedades de porta-enxertos, com vistas a produzir mudas mais resistentes a doenças e mais produtivas. Esta área deverá produzir em torno de 300 mil sementes por ano.
Agricultura irrigada
São beneficiadas diariamente 14 mil pessoas, com água bruta para irrigação, fornecida pelo Governo de Sergipe, por meio da Coderse, em 1.826 unidades produtivas rurais, em sete municípios sergipanos. São mais de 50 culturas agrícolas exploradas, com destaque para as altas na produção do maracujá, com 184 toneladas e 162% a mais do que o ano anterior; e o feijão-de-corda, que superou a expectativa para o ano e gerou mais de mil toneladas do alimento, com 35% de aumento em relação ao ano anterior. No total, os seis perímetros movimentaram R$ 249 milhões em 2024, um aumento de R$ 37 milhões em relação a 2023.
Incentivos para a pecuária
Na proporção, Sergipe tem a segunda maior produtividade leiteira do Brasil, considerando a produção de cada vaca por ano. O estado também é o 10º no país e 2º no Nordeste no ranking de aquisição e industrialização de leite cru. Pelos dados do IBGE, em 2024 Sergipe adquiriu e industrializou 127 milhões de litros de leite cru, o que representou um aumento de 7% face ao resultado do 1º trimestre de 2024 (118 milhões). A bacia leiteira é uma das cadeias produtivas que também recebe várias medidas de incentivo do Governo de Sergipe, a exemplo de vacinação do rebanho, inseminação artificial, regularização e certificação dos laticínios.
Uma grande conquista alcançada neste ano foi o status de estado livre da febre aftosa, sem vacinação, após 23 anos como zona livre da doença, graças à imunização. Mais uma vez, a Emdagro realizou com êxito a campanha de vacinação, alcançando 90,6% do rebanho sergipano, composto por 1,3 milhão de bovinos e bubalinos. Foram vacinadas 4.462 fêmeas bovinas contra brucelose e 5.063 animais vacinados contra clostridiose, entre ovinos, caprinos e bovinos.
Já por meio do programa Pecuária Mais Brasil, o Governo do Estado investiu em biotecnologia reprodutiva do gado leiteiro, fazendo a inseminação artificial em tempo fixo (IATF), que inseminou 408 matrizes, 30 ovinos e 59 caprinos. Iniciado no mês de julho, o programa de melhoramento genético de caprinos e ovinos tem como meta inseminar e obter 300 prenhezes por ano, durante quatro anos.
Outra conquista recente para Sergipe, que vem garantindo a projeção dos laticínios locais para fora do estado, é a ampliação do escopo da certificação do Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Sisbi-POA), podendo escoar o leite certificado para todos os estados brasileiros; e Sistema Estadual de Inspeção (SIE) que assegura qualidade no comércio estadual.
Participação nas expofeiras
O Governo de Sergipe participou como patrocinador de diversas feiras agropecuárias, de agroecologia e da agricultura familiar. Para a Secretaria de Estado da Agricultura, essas feiras servem para a divulgação de pesquisas, transferências tecnológicas e facilitação de acesso a créditos e aquisição de novidades em máquinas, equipamentos, insumos, sementes, tecnologias, agroquímicos e técnicas de manejo.
“Um grande sinal de que Sergipe é bom para a agropecuária é o sucesso do Sealba Show, a maior vitrine da agropecuária regional, que na terceira edição, realizada agora em 2024, movimentou mais de R$ 300 milhões, com participação de mais de 175 marcas do agronegócio”, disse o secretário da Agricultura Zeca da Silva. Além da Sealba, ele relatou, entre as feiras apoiadas pelo Estado, a Festa Amigos do Leite, em Poço Redondo, a Expo Glória, no Município de Nossa Senhora da Glória e a Feira Sergipana da Agricultura Familiar e Economia Solidária, realizada em Aracaju.
Pedro Paulo Biccas Jr.
Jornalista (0003813/ES)
Cientista Político (USP)
Especialista em Planejamento Estratégico (FGV)
Especialista em Liderança, Mentalidade e Desenvolvimento Contínuo (PUC-RS)
Especialista em Mídias Digitais (FGV)