Dia da Visibilidade Trans: saúde, respeito e cidadania

Dia da Visibilidade Trans: saúde, respeito e cidadania

A deputada Linda Brasil (Psol) foi a primeira parlamentar trans eleita na Assembleia Legislativa do Estado de Sergipe (Alese)

Nesta quarta-feira (29) é celebrado o Dia Nacional da Visibilidade Trans. A data  é celebrada desde o ano de 2004, e retrata um ato no Congresso Nacional, dentro da campanha “Travesti e Respeito”, e destacou a trajetória da população LGBTQIAN+.

O dia 29 de janeiro também  indica que a saúde também é estratégica para a conquista de direitos desta população, como a garantia do uso do nome social, a Política Nacional de Saúde Integral de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais e o direito

O reconhecimento da identidade de gênero da população trans nos atendimentos de saúde e assistência, baseado no direito ao uso do nome social, a partir de solicitação da pessoa e uso adequado do pronome de tratamento, garantem ainda mais, empatia, visibilidade e conhecimento da população sobre o assunto.

Alese

A deputada Linda Brasil (Psol) foi a primeira parlamentar trans eleita na Assembleia Legislativa do Estado de Sergipe (Alese) com  28.704 votos válidos nas eleições de 2022. Ela tem como principal ponto de atuação, na Casa Parlamentar, políticas públicas voltadas para a comunidade LGBTQIAN+, nas áreas da saúde, educação, assistência social entre outras.

“Nós representamos a verdade. Nós, pessoas trans e travestis, representamos a revolução na política e em todos os espaços da sociedade. E é justamente por isso que hoje, no Dia Nacional da Visibilidade Trans, celebramos nossa presença, nossa luta e nossas vitórias. Este é um dia para demarcarmos que nós existimos, que estamos ocupando os espaços que sempre nos foram negados e que seguiremos fazendo a revolução. Uma revolução que não é apenas de transformação, mas de conscientização, de uma sociedade que precisa ser mais inclusiva, mais respeitosa e mais consciente”, enfatizou a deputada Linda Brasil.

Participação na Câmara Federal

Na tarde desta terça-feira (28), da mesa do “Seminário de Representação e Representatividade Transpolítica”, na Câmara Federal. Um espaço de trocas e resistências que reuniu parlamentares trans eleitas de diversas regiões do Brasil.

“Não podemos mais aceitar que nossa visibilidade seja reduzida a tragédias, a números de violência, a dados que estampam nossas  e corpos assassinados e marginalizados nas manchetes dos jornais. Não é isso que queremos. Queremos, sim, uma visibilidade que mostre que nossos e corpos são dignos de respeito, que nossos e corpos têm valor, e que estão ocupando os espaços que sempre nos foram tirados. Estamos nas universidades, estamos na política, estamos na saúde, na educação, nas artes. Estamos em todos os lugares, mostrando nossa força, nossa potência, nossa contribuição para a sociedade”, destacou a deputada Linda Brasil.

Dados

Uma pesquisa feita em 2021 pela Faculdade de Medicina de Botucatu da Universidade Estadual Paulista (FMB/Unesp) mostrou que 2% da população adulta brasileira é formada por pessoas transgênero ou não-binárias. Em números absolutos, isso significa cerca de 3 milhões de indivíduos.

“Nós somos potentes. Somos pessoas que estão mudando o rumo da história, que estão abrindo portas para as futuras gerações e, mais do que isso, estamos exigindo que a sociedade nos respeite, nos garanta nossos direitos e nossa dignidade. A visibilidade que buscamos não é a que nos reduz à dor, mas sim à força, à luta e ao protagonismo. Nós não seremos mais invisíveis. Somos a revolução, e a revolução não tem volta”, finalizou a deputada Linda Brasil.