Entenda a proibição da nimesulida fora do Brasil

Entenda a proibição da nimesulida fora do Brasil

Indicada para febre, dor aguda e de processos inflamatórios, a nimesulida é um medicamento proibido e impedido em diversos países. Classificado como anti-inflamatório não-esteroidal, seu uso gera riscos de danos hepáticos e gastrointestinais.

No Brasil, a nimesulida pode ser comprada em diversos formatos: comprimidos, suspensão oral, supositório e gel tópico. O formato mais popular é a de comprimidos. O uso prolongado inclui efeitos colaterais como desconforto gastrointestinais, como azia e úlceras. Ademais, gera riscos para os rins e para o fígado.

Em entrevista para o Estado de São Paulo, especialistas alertam que não existe no Brasil monitoramento adequado para o uso da nimesulida. Não havendo esse monitoramento, o remédio deveria ser retirado do mercado, e os tratamentos deveriam ser feitos com remédios mais seguros.

A nimesulida é proibida em alguns países. É o caso de Espanha, França e Finlândia, que proibiram o fármaco devido à sua associação a problemas hepáticos graves, como hepatite, insuficiência hepática, icterícia e falência do fígado. Na América Latina, a Argentina também proibiu o remédio.

Em outros países, a nimesulida possui uso restrito. É o caso de Portugal e Itália. Nesses países, o período de uso deve ser de, no máximo, entre sete e 15 dias. A dose diária deve ser de até 200 mg.

Em certos países, a nimesulida nem sequer foi aprovada para comercialização. Esses países incluem Estados Unidos, Reino Unido, Canadá, Austrália e Nova Zelândia. Na América Latina, incluem Peru, Paraguai e Panamá.

A nimesulida é permitida no Brasil, Colômbia e México. É possível comprar o remédio nas farmácias. Mas seu uso é contraindicado para crianças menores de 12 anos.

A Anvisa informa que a venda da nimesulida só pode ser feita mediante prescrição médica. Segundo a agência, nenhum medicamento está isento de riscos. Sua indicação deve levar em conta a relação entre os benefícios esperados e os possíveis efeitos adversos do tratamento.

(Fonte: Estado de São Paulo, Revista Oeste. Imagem: Pixabay / HeungSoon)